A disputa por uma vaga de trabalho no mercado é acirrada. Entretanto, após serem aprovados em todas as etapas do processo seletivo e contratados, muitos profissionais são demitidos assim que acaba o tempo de experiência.
A consultora associada da Muttare, Roberta Yono Ebina, explica que os fatores que levam à demissão estão relacionados ao comportamento do profissional.
“A parte técnica do contratado já foi avaliada no processo seletivo e aprovada pelo gestor e pelo RH, diz.
O coordenador de Consultoria da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Samuel Artus, acrescenta que, ao iniciar suas atividades na empresa, a pessoa converse com o líder para saber exatamente o que ele espera dela.
“É fundamental saber quais são as expectativas da empresa. Ele tem que saber o quanto ele deve render neste período”, declara.
Cronograma
Uma dica é que o profissional, em parceria com o chefe, estabeleça um cronograma de trabalho. Neste processo, a participação dos colegas é necessária, já que o trabalho em equipe é fundamental, especialmente no início das atividades.
Artus afirma ainda que, além da facilidade de trabalhar em grupo, as empresas analisam a contribuição da pessoa ao ambiente de trabalho e a produtividade. “É difícil em três meses revolucionar o processo, mas as empresas avaliam o entusiasmo, a motivação e a vontade de querer fazer”, afirma.
Guia prático
Já Roberta indica que o novo contratado fique atento à missão, à visão e aos valores da empresa. Para a especialista, não basta apenas conhecer sobre o assunto, é importante seguir. “Isso serve como um guia prático. Desta maneira, o profissional sabe como deve atuar”, acrescenta.
Outra ação que deve ser realizada por quem está começando é buscar conhecer a cadeia de trabalho da empresa. Mesmo que não haja um programa de integração do RH, o profissional têm de se dispor a conhecer como funciona a empresa e quem são seus colegas.
Durante o período de experiência, a pessoa não pode ter medo de se expor; isso inclui perguntar sempre que tiver dúvidas, apresentar-se aos companheiros e clientes e falar sem receio sobre suas ideias.
Por fim, a especialista aconselha que o profissional fique bem longe das rodinhas de “fofoca”. “Nunca entre em fofoca. Não dê ouvidos também para certos comentários. Mostre quem você é, com autenticidade”, finaliza Roberta.