Quando foi demitido da única empresa em que havia trabalhado na vida, Artur manteve a crença em si mesmo e não se deixou abater pelas dezenas de negativas que ouviu ao se candidatar a novos empregos.
Artur era o único que se mantinha confiante, certo de que ficaria melhor do que estava antes. Repetia para si próprio os exemplos de superação de
Para manter a moral em alta, caminhava diariamente, lia os jornais todos os dias, procurava enviar e-mails e ligava para as empresas em busca de uma nova oportunidade de trabalho. Durante dez meses nada aconteceu. Com os recursos quase no fim, Artur decidiu não esperar mais. Continuou acompanhando o mercado de trabalho, fazendo contatos, enviando currículos, decidido a não esperar para trazer dinheiro para casa.
Procurou uma instituição de apoio ao pequeno empresário e foi em frente. Contratou uma estilista em bolsas e acessórios para desenhar os modelos, ajudou os artesãos no planejamento da produção e, assim, tornou-se empresário. Foi tão grande o sucesso das bolsas, dos cintos, dos chapéus e dos acessórios para casa, fabricados no interior, que ele se associou a um conhecido para tocar o negocio. Quatro anos depois, tinha, mudado sua vida saído da comunidade da pobre e pequena cidade onde nascera. A família toda passou a trabalhar no negocio e, hoje, Artur exposta para a França, os Estados Unidos e o Canadá. Comprou um apartamento maior, trocou de carro e é dono do galpão onde funciona sua empresa. Nada disso teria acontecido, se ele tivesse se abatido e perdido a motivação, enquanto os que estavam à sua volta temiam que nunca se recuperasse.