Vencedores são Sonhadores Apaixonados
Gosto mais dos sonhos do futuro do que da história do passado
– Patrick Henry
Como mostram as histórias dos lideres empresariais extremamente bem-sucedidos, os sonhos precisam ser cheios de paixão para terem chance de se tornarem realidade. Tomemos como exemplo Herb Kelleher, cofundador e ex-presidente da Southwest Airlines, um visionário que criou a empresa área mais lucrativa dos Estados Unidos. Conhecido por sua personalidade intensa e por “meter a mão na massa”, Kelleher foi um grande modelo para seus funcionários. Enquanto seus concorrentes ficavam sentados atrás de mesas de mogno em escritórios luxuosos, ele frequentemente transportava as malas dos passageiros para os aviões, enchia copos com gelo enquanto as comissárias de bordo anotavam pedidos e entretinha os passageiros com seu senso de humor.
Que presidente de empresa aérea permitiria que suas funcionárias se vestissem de coelho da Páscoa e de peru no dia de Ação de Graças? Kelleher sabia que qualquer concorrente podia copiar o plano de negócios da Southwest, mas nenhum deles conseguiria reproduzir a paixão fervorosa que permeava a cultura da empresa. “Nosso pessoal é tão cheio de energia”, afirma ele, “que não poderia ser imitado.”
Mo Siegel, fundador da altamente bem-sucedida Celestial Seasonings Tea Company, bebeu da mesma fonte de paixão que Kelleher. Aos 21 anos, Siegel sonhava em ficar milionário antes de chegar aos 26, e , de sachê em sachê de chá, atingiu sua meta. Ele me contou como colhera pessoalmente as ervas que iriam compor seu primeiro chá de ervas saudável, o Mo’s 36 Heb Tea, e como expandiu rapidamente sua linha, incluindo o famoso Red Zinger. Siegel fez num carro velho suas primeiras viagens de vendas, visitando lojas e convencendo os donos a estocar seus chás a base de ervas. Ele mergulhou sua empresa no sonho de contribuir para um mundo melhor, dizendo: “Acreditamos que, para fazer deste mundo um lugar melhor para se viver, temos que nos dedicar totalmente à interminável busca da excelência.”
Vejamos também o caso de Michael Dell, que começou a montar computadores no dormitório da universidade, partindo da ideia de desenvolver relações diretas com os clientes . Lembro-me de tê-lo entrevistado quando ele tinha apenas 27 anos e suas vendas eram de pouco mais de 2 bilhões de dólares anuais. Sua ilimitada curiosidade e sua capacidade de encarar cada oportunidade de negócios sob um ângulo diferente foram o que mais me surpreendeu.
Dell é um mestre na busca do aprimoramento incansável, invencível e continuo. Um de seus princípios-chave de administração é um programa de aperfeiçoamento no qual os funcionários são incentivados a tornar a empresa mais eficiente e próxima dos clientes e que dá aos indivíduos de cada equipe o controle sobre a implementação das próprias ideias. Em um documento interno intitulado “A Alma da Dell”, percebemos o enfoque na vitoria: “Somos apaixonados por vencer em tudo o que fazemos. Estamos comprometidos em manter a excelência operacional , satisfazer o cliente além de suas expectativas, liderar os mercados globais que atendemos, sermos conhecidos como uma grande empresa e um excelente lugar para trabalhar e proporcionar um valor excepcional para os acionistas ao longo do tempo”.
Sem se deixar perturbar pela longa sequencia de vitorias, o presidente dessa empresa multibilionária exibe uma eterna paixão por ir ainda mais longe: “Ainda há muito a ser feito.”