É grande o numero de pessoas que preferem trabalhar a planejar, e muitos de nós, incluindo altos executivos de grandes corporações, elaboramos apenas planos de curto prazo. No entanto, o planejamento tem um papel importante na maneira como nossa vida evolui. Enquanto, algumas pessoas se concentram apenas em fazer o que gostam, as bem-sucedidas usam o poder do planejamento para garantir prosperidade e crescimento, prevendo a cada ano como expandir o sucesso já alcançado.
Peter Drucker, considerado um dos grandes nomes atuais na administração de empresas, comentou a maneira como um gerente deve desenvolver planos de longo alcance: “Ele precisa trabalhar arduamente e manter os olhos no horizonte … Precisa não só se preparar para atravessar as pontes ainda distantes, como também construí-las quando não existirem. E, se ele não atentar para os próximos 100 anos, não haverá os próximos 100 anos – talvez não haja nem mesmo os próximos cinco anos.”
Dados fornecidos pela Dun & Bradstreet informam que a expectativa de vida media das empresas norte-americanas é de apenas 12 anos e, de acordo com um estudo feito pela Massachusetts Mutual Life Insurance com 614 empresas familiares, somente 8% delas chegam à terceira geração. A pesquisa revelou que a longevidade das companhias depende amplamente de seu planejamento estratégico, comercial e sucessório. William O’Hara, diretor do Instituto para Empreendimentos Familiares do Bryant College, de Rhode Island, comentou o fato na revista Small Business Reports: “Três quartos das empresas não fazem o planejamento necessário para garantir seu futuro.”
Mas o que não gostamos em relação ao planejamento? A resposta é simples: muitos planos dão errado. E o que a maioria das pessoas faz quando os planos fracassam? Desistem, o que é a pior decisão a se tomar. Quando um plano não dá certo, é preciso refazer o planejamento, não mudar de objetivo.
O escritor Victor Hugo também defendia o planejamento: “Quem planeja a cada manhã o que fará durante o dia e segue esse plano se orienta por um fio que o guiará pelo labirinto da mais atarefada vida. A organização do tempo para essa pessoa é como um raio de Liz que permeia tudo o que ela faz.”
Se você perceber ao fim de um dia que o plano elaborado na noite anterior não se concretizou, sente-se e trace um plano novo e melhor para o dia seguinte, mas nunca desista de seus objetivos. Os planos podem não ter dado certo porque não se adaptaram às circunstâncias. O general Patton escreveu em A guerra que eu vi: “Não é possível planejar e depois tentar fazer as circunstâncias se adaptarem aos planos. O que se tenta fazer é traçar os planos que se adaptem às circunstâncias.” Independentemente do que ocasionou o fracasso de um plano, é preciso desenvolver planos melhores.
Há pessoas que tem medo de se comprometer com planos grandiosos. Não se atrevem a testar suas qualificações e a desafiar o destino. Entre todos os profissionais, é nos arquitetos que vejo a maior tendência a planejar grandes feitos, muitas vezes a longo prazo. Daniel Burnham, famoso arquiteto inglês, afirmou na Conferencia de Planejamento da Cidade de Londres realizada em 1910: “Não façam planos modestos; eles não têm a magia que agita o espírito humano e provavelmente não serão concretizados. Façam grandes planos, tenham muita esperança e trabalhem, lembrando que, uma vez traçado, um nobre esquema lógico nunca morrerá, mas continuará vivo muito depois que partimos, reafirmando-se com insistência cada vez maior. Lembre-se de que nossos filhos e filhas farão coisas que nos deixariam surpresos.”
Quem não planeja o futuro trabalha demais a vida toda e, em geral, nunca tem nada que justifique tanto trabalho. Vá em frente e planeje um ano melhor. Elabore planos ousados que um dia surpreendam seus netos.
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