Você teve a “felicidade” de assistir os jogos de futebol entre as seleções do Brasil e do México, e Brasil e Equador, há algum tempo? Para os que assistiram, àquele 3 x 3, contra o México e a derrota por um gol para o Equador, foram aulas de trabalho em equipe.
Nossos atletas são muito superiores tecnicamente aos das duas outras seleções. Individualmente a habilidade de alguns é incomparável. Nos seus clubes estão em uma forma física muito boa. No primeiro jogo, contra a seleção Mexicana, estivemos sempre atrás do placar. Só empatamos aos 47 minutos do segundo tempo, numa jogada individual do Romário. Aliás, se pedissem para ele repetir o chute mil vezes, tenho muitas dúvidas se ele conseguiria acertar mais alguma outra vez. Contra o Equador, foi fantástico, nada fizemos. Então o que aconteceu?
Nosso time de futebol jogou para não errar, para não perder. Os jogadores sentiram a pressão que envolve a seleção Número 1 do mundo e foram para a vitrine na esperança de não serem apedrejados. Não foram para serem admirados.
Trazendo essa realidade para as nossas organizações vemos equipes de trabalho muito mais preocupadas em não errar do que em vencer. Tecnicamente sabem tudo sobre o processo que tem a desenvolver. Conhecem adequadamente as atividades, mas não vibram, não alcançam resultados melhores do que o empate.
São formadas por pessoas que se exibem com medo do erro, não atingem resultados melhores do que o normal, trivial ou igual. Empatam na maioria das vezes e perdem de vez em quando. O foco está naquilo que foi sempre bem feito. Não arriscam novas alternativas, têm o medo do desconhecido futuro e não brilham.
Pessoas que não ousam uma nova jogada, não arriscam um novo passe, terminam por estar sempre descontentes com o seu desempenho. Adquirem ao longo do tempo uma doença chamada Síndrome de Gabriela: Eu nasci assim, eu vivi assim, eu faço sempre assim, tudo sempre assim… Gabrieeeeela !!!
Pessoas que não têm a consciência de estar construindo algo melhor, não possuem desenvolvimento pessoal. Rapidamente atribuem aos outros e ao destino, a culpa pelos seus insucessos ou fracassos. São os Hardy da vida (do desenho Lippy, o leão e Hardy, a hiena ): Oh dia !!! Oh céus !!! Oh azar!!!
A partir daqui, vamos tentar lembrar de algum time ou seleção de futebol vencedora. De que matéria-prima era feita? Só de craques ou jogadores excepcionais? As equipes vencedoras são formadas por pessoas que brilham. As pessoas que brilham desenvolvem dentro de si uma energia especial que vai além do aqui e agora. Transcendem . Nunca estão totalmente satisfeitas com os resultados, mas vibram intensamente com aqueles que obtêm a cada instante.
Nas organizações, as pessoas que brilham podem ser chamadas de talentos e o que a sua empresa está fazendo para descobrir, desenvolver e reter os esses profissionais? Pessoas que brilham, ousam e arriscam, sempre acham uma nova maneira de fazer diferente para sua satisfação e para o bem daquelas que estão à sua volta.
Pessoas que brilham têm valores muito bem definidos. Lutam obstinadamente por eles, mas possuem a capacidade de reconhecer quando precisam mudá-los. Agregam novos valores. Participam das equipes para vencer. As derrotas são fonte de aprendizagem. Sabem que são responsáveis pelo conhecimento, mas não ficam paradas esperando que chegue até elas, correm atrás.
Pessoas que brilham enxergam as tendências e baseiam sua vida no presente. São as gerentes das suas próprias mudanças. Pessoas que brilham aprendem a valorizar os caminhos e não perdem a direção para onde chegar. Caminham sobre trilhas e não sobre trilhos.
Pessoas que brilham, citando Paulo Freire, abandonam as coisas velhas, não por serem antigas. Aceitam as novas, não por serem modernas. Utilizam-nas por serem adequadas, novas ou velhas.
Pessoas que brilham, não precisam mostrar seu brilho a ninguém. Elas se satisfazem com o saber da sua energia. Pessoas que brilham, procuram saber o que fizeram no seu passado, vivem intensamente o presente e sabem que estão construindo o seu futuro.
Pessoas que brilham perguntam o que estão fazendo para continuar brilhando. Pessoas que brilham, unidas formam equipes de sucesso.
Fonte: Site RH.com.br
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